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08/12/2025

As melhores crypto-exchanges para utilizar em dezembro de 2025

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As melhores crypto-exchanges para utilizar em dezembro de 2025

As exchanges são plataformas que te permitem comprar, vender, trocar e guardar criptomoedas. Existem dois tipos principais:

  • exchanges centralizadas (CEX): plataformas que fazem a intermediação e asseguram a custódia dos teus ativos.

  • exchanges descentralizadas (DEX): protocolos que funcionam de forma autónoma, diretamente na blockchain (on-chain), sem intermediários.

Ao escolheres a melhor exchange para investir em Portugal, deves ter em conta vários fatores: a segurança, a liquidez, as comissões cobradas, o suporte em euros, a facilidade de transferires fundos para o teu IBAN português e, talvez o mais decisivo, a situação jurídica e fiscal da plataforma. Onde a exchange está sediada e a entidade que te presta o serviço pode influenciar diretamente as tuas obrigações de reporte fiscal e a forma como se aplicam as regras fiscais em Portugal.

Antes de escolheres qualquer exchange, verifica como a sua estrutura fiscal e jurisdição podem afetar a tua declaração de IRS. Plataformas sediadas fora da UE ou em países com regras fiscais menos claras podem exigir cuidados adicionais para garantir que cumpre todas as obrigações perante a Autoridade Tributária.

A seleção das exchanges baseou-se em critérios como confiabilidade, historial de segurança, liquidez, suporte a transações em euros, facilidade de integração com bancos portugueses, clareza na comunicação fiscal e reputação legal. Estes fatores ajudam a minimizar riscos e a assegurar que podes investir e transacionar com tranquilidade, sem surpresas no reporte fiscal.

As 10 exchanges mais utilizadas em Portugal

Se estás a pensar investir em cripto, uma das primeiras decisões passa por escolher a exchange certa. Em Portugal, algumas plataformas destacam-se pelo volume de negociação, pela facilidade de uso e pela integração com euros e IBAN nacional.

A lista que se segue reúne as 10 exchanges mais utilizadas pelos investidores portugueses, por forma a que selecciones aquela que melhor se adapta melhor às tuas necessidades.

  • Binance: seguindo a tendência global, a Binance é também a exchange mais utilizada em Portugal. Ganhou popularidade pela enorme variedade de moedas disponíveis e pela elevada liquidez. No entanto, está sob frequente escrutínio regulatório e exige processos de KYC rigorosos.

  • Coinbase: fortemente regulada na União Europeia, com operações concentradas em entidades sediadas na UE (tendo recentemente reforçado o seu hub europeu). É uma das plataformas mais simples e bem integradas com IBAN/SEPA, ideal para quem valoriza praticidade e segurança.

  • Kraken: exchange de reputação sólida e presença internacional. Nos últimos tempos tem ajustado informações relativas à sua sede e operações. É especialmente apreciada por traders mais experientes e pelo cumprimento consistente dos requisitos KYC/AML.

  • Bitstamp: com sede no Luxemburgo, é uma das exchanges mais antigas e estáveis do mercado. Muito utilizada por quem procura fiabilidade, histórico sólido e uma presença regulamentada dentro da União Europeia.

  • Bitpanda: exchange austríaca sediada em Viena, com forte foco no mercado europeu. Destaca-se pela facilidade de compra em euros, permitindo depósitos e levantamentos simples através de transferências bancárias, o que a torna bastante prática para utilizadores em Portugal.

  • Crypto.com: com base operacional em Singapura, é conhecida pela sua aplicação móvel intuitiva e pelo popular cartão cripto. Destaca-se pela boa integração com pagamentos digitais do dia a dia, sendo uma escolha prática para quem procura utilizar criptomoedas de forma mais direta.

  • OKX (OKEx): uma das maiores exchanges globais, com entidades registadas em várias jurisdições (incluindo as Seychelles) e escritórios espalhados por diversos países. É especialmente procurada por utilizadores interessados em produtos avançados e derivados, oferecendo uma vasta gama de ferramentas de negociação.

  • KuCoin: registada nas Seychelles, destacou-se pela sua enorme variedade de altcoins, tornando-se uma opção atrativa para quem procura diversidade no portefólio. Apesar disso, já enfrentou alguns desafios regulatórios, pelo que é recomendável usares com cautela.

  • Bybit: especializada em produtos derivados e com um dos maiores volumes de negociação a nível global. A sua estrutura operacional tem oscilado entre Singapura e Dubai, refletindo a adaptação contínua às exigências regulatórias internacionais.

  • Mercado Bitcoin: exchange brasileira e a maior da América Latina. Apesar de focada no mercado sul-americano, tem vindo a atrair utilizadores portugueses pela variedade de tokens, facilidade de integração com reais e crescentemente maior alinhamento regulatório, tornando-se uma opção interessante para quem procura diversificação fora das exchanges europeias.

As melhores exchanges segundo a legislação fiscal portuguesa

Em Portugal, o tratamento fiscal das mais-valias com cripto segue duas regras práticas que deves conhecer:

  • Cripto detida por menos de 365 dias: se vendeste criptomoedas que tiveste por menos de um ano, a mais-valia é, regra geral, tributada com uma taxa liberatória de 28%, salvo opção pelo englobamento no IRS.

  • Cripto detida por 365 dias ou mais: se mantiveste o criptoativo por um ano ou mais, a mais-valia pode ser isenta de imposto, mas atenção: a isenção depende da territorialidade e identificação do intermediário. Aplica-se apenas quando a realização/alienação ocorre dentro da UE/EEE ou em países com mecanismos efetivos de troca de informação com Portugal. Jurisdições em listas negras, ou sem troca efetiva de informação, ficam excluídas desta vantagem.

O que isto significa para a escolha da exchange é simples, quanto mais transparente e integrada for a plataforma, mais fácil será cumprir as obrigações fiscais e, se aplicável, beneficiar da isenção das mais-valias após 365 dias.

É recomendável privilegiar exchanges que tenham uma entidade contratual na UE/EEE, como é o caso da Bitstamp, Bitpanda ou Coinbase Europe. Estas plataformas tornam mais claro que a operação ocorreu dentro da UE/EEE e que existe troca de informação fiscal, o que facilita a aplicação da isenção dos 365 dias.

Por outro lado, deves ter cuidado com exchanges registadas em jurisdições sem troca automática de informação, como Seychelles, Ilhas Virgens Britânicas ou Ilhas Cayman, ou com estruturas societárias opacas. Nestes casos, a aplicação prática da isenção e o reporte correto podem ser mais complicados, podendo ser exigida documentação extra do intermediário. Exemplos incluem KuCoin (Seychelles) e Bitfinex (BVI). Isto não significa que não possas usar estas plataformas, mas torna essencial manter prova documental rigorosa, registos de compra e venda, extratos, registos KYC e comunicações da entidade.

A Binance, por exemplo, opera através de várias subsidiárias e já esteve sob escrutínio regulatório em diversos países. A sua complexidade societária pode tornar mais moroso comprovar a entidade contratual ou o país da operação, por isso, se o teu objetivo é beneficiar da isenção por 365 dias, exchanges com entidade europeia clara são geralmente mais simples de utilizar.

As exchanges americanas, como Kraken, Gemini ou Coinbase US, têm boa governação e registos KYC/AML robustos, mas a aplicação da isenção depende da regra de territorialidade: se a entidade contratual estiver fora da UE/EEE, é necessário confirmar se existe troca de informação suficiente para beneficiar da isenção ou se a venda será considerada realizada fora do espaço que permite a vantagem fiscal. Em situações dúbias, é sempre aconselhável contactar com um contabilista ou tax advisor.

Tokens não listados em exchanges oficiais ou stablecoins emitidas por entidades fora da UE/EEE podem complicar o reporte fiscal. Para efeitos da isenção de mais-valias após 365 dias, é necessário ter prova clara do custo de aquisição, valor de venda e identidade da entidade que emitiu ou custodiou os tokens. Sem documentação adequada, HMRC e AT podem considerar a operação fora do perímetro fiscal aplicável, tornando obrigatória a tributação mesmo após 1 ano de holding.

Checklist fiscal antes de usar uma exchange

Antes de começares a usar uma exchange, é fundamental tomares algumas precauções para garantir que as tuas operações de criptomoedas estão em conformidade com a legislação fiscal portuguesa. Seguindo estes passos, vais simplificar o reporte no IRS e reduzir o risco de problemas com a Autoridade Tributária:

  • confirma a entidade legal com que contratas: consulta os Termos & Condições ou a secção legal na tua página de utilizador. Guarda uma cópia do termo e de qualquer comunicado que indique o NIF da entidade.

  • descarrega extratos completos de todas as transações: incluindo data e hora, par de negociação, montante em cripto e contravalor em euros na data da operação. Mantém também os comprovativos de depósitos e levantamentos para o teu IBAN.

  • regista a data de aquisição: de cada criptoativo, uma vez que a janela dos 365 dias é calculada dia a dia. Usa sempre a taxa de conversão para euros aplicável na data da operação, consultando o Banco de Portugal ou outra fonte fidedigna.

  • se a exchange estiver sediada fora da UE/EEE: assegura que possuis os contactos e documentação que comprovem a origem da operação e a entidade responsável. Isto facilita a declaração no IRS e eventuais pedidos de esclarecimento por parte da Autoridade Tributária.

Dependendo do teu perfil de investidor e da prioridade que dás a certos fatores algumas exchanges podem ser mais adequadas do que outras. A escolha certa facilita o reporte no IRS, reduz burocracia e ajuda-te a beneficiar, quando aplicável, da isenção das mais-valias após 365 dias.

A tabela abaixo resume algumas opções indicadas para cada objetivo:

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Como o CryptoBooks te pode ajudar

Independentemente da exchange que seleciones, o CryptoBooks organiza e simplifica toda a gestão fiscal das tuas criptomoedas:

  • agregação automática de transações: conecta as tuas APIs ou importa CSVs de qualquer exchange (Binance, Coinbase, Bitpanda, Kraken, entre outras) e consolida todas as operações, facilitando a prova das datas de aquisição e realização (essencial para aplicação da isenção dos 365 dias);

  • cálculo automático de mais-valias: aplica o método FIFO, converte valores para euros na data da operação e prepara relatórios prontos para o preenchimento da tua declaração de IRS;

  • classificação fiscal inteligente: diferencia operações que geram mais-valias (venda por fiat) de trocas cripto-to-cripto, staking, rendimentos, entre outros, ajudando-te a preencher os anexos corretos sem esforço.

  • relatórios prontos a submeter: prepara relatórios e documentos de suporte que podes enviar ao teu contabilista ou utilizar para preencher diretamente a tua declaração, mesmo quando usas exchanges estrangeiras, permitindo provar facilmente a origem das operações.

Se optas pela(s) exchange(s) que melhor se adapta(m) ao teu perfil e objetivos, então é igualmente importante selecionares o melhor software de reporte fiscal. Uma ferramenta confiável vai garantir que todas as tuas transações estão corretamente agregadas, as mais-valias calculadas e os relatórios preparados para submissão ao IRS, independentemente da exchange que uses.

Experimenta já o CryptoBooks e torna todo o processo de reporte fiscal mais simples, seguro e sem surpresas com a Autoridade Tributária.

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